Os altos custos da bancada federal no Congresso
Manutenção de
escritório, serviço de segurança, hospedagens e até assinaturas de
publicações. Esses e outros gastos foram alguns dos realizados pelos 25
deputados federais de Pernambuco no primeiro semestre do ano. Ao todo,
os representantes do Estado na Câmara consumiram R$ 3.569.642,41 para
exercer a atividade parlamentar. Isso sem levar em consideração o
subsídio que cada um recebe, hoje no valor de R$ 26.723,13. Se dividido
mês a mês, o montante pago chega a uma fatura mensal de R$ 594.940,40 –
ou R$ 23.797,61 por cada parlamentar. As informações estão disponíveis
no Portal da Transparência da Casa.
O deputado campeão em gastos
no primeiro semestre foi Carlos Eduardo Cadoca (sem partido), com R$
186.451,93. Seguindo o parlamentar, estão Mendonça Filho, com R$
183.559,11; e Augusto Coutinho, com R$ 182.737,41. Os dois são do DEM.
Na outra ponta, com menores despesas, aparecem Inocêncio Oliveira (PR),
com R$ 34.343,14; Eduardo da Fonte (PP), com R$ 46.036,09; e José Chaves
(PTB), com R$ 111.903,05.
No ranking dos gastos dos deputados
pernambucanos, a rubrica de “locação de veículos ou fretamento de
embarcações” lidera. Em seis meses, a bancada desembolsou R$ 843.512,64
neste quesito, desde aluguel de veículos a pagamentos de táxis. Desse
total, somente o deputado Wolney Queiroz (PDT) gastou R$ 78 mil, quase
10% do total, consumidos em dois contratos com as empresas R.M. Service
LTDA. e Mobille Rent A Car. Cadoca foi o segundo que mais gastou nesse
tipo de despesa, com R$ 68.440; e Sérgio Guerra (PSDB), com R$ 66 mil.
A
segunda maior despesa dos deputados foi com “divulgação da atividade
parlamentar” que, em seis meses, consumiu R$ 605.344,71 dos cofres
públicos. O curioso é que nessa rubrica dos 25 deputados, sete
parlamentares sequer utilizaram verbas para essa finalidade – mais de
25% da bancada. Além disso, a própria Câmara possui uma gráfica para
impressão gratuita de materiais para os deputados. José Augusto Maia
(PTB) – presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Criação de Novos
Municípios e relator do projeto que fixa novas regras para fundação de
novas cidades – foi quem mais gastou – R$ R$ 73.600,00 – em contratos
com Marron Graf (R$ 23 mil) e SF Impressos Gráficos Padronizados LTDA-ME
(R$ 50 mil).
Outro volume grande de gasto é com a “manutenção de
escritório”. Em seis meses, os parlamentares destinaram R$ 436.049,84
em despesas para conservação de seus escritórios. Paulo Rubem (PDT) foi o
deputado do Estado o com maior débito nesse item: R$ 41.498,25. No rol
do pedetista, constam de pagamentos à Celpe, IPTU a Gráfica &
Papelaria BSB. Logo depois surgem os estreantes Severino Ninho (PSB),
com R$ 39.428,83; e Augusto Coutinho, com R$ 38.546,74.
Na
rubrica de telefonia, a bancada gastou R$ 397.928,06. O deputado mais
falante é José Chaves (PTB). Em seis meses, o petebista pagou R$
27.709,56 em faturas de operadoras de telefonia. Após ele, parlamentares
Pedro Eugênio (PT) e Bruno Araújo (PSDB) foram os parlamentares que
mais usaram o telefone. O petista teve faturas que totalizaram R$
27.008,53, enquanto que o tucano, R$ 25.890,89.
CORREIOS
Mesmo
a sociedade vivendo, atualmente, uma era digital, com todo o tipo de
informação disponível a um clique do cidadão, os 25 deputados federais
de Pernambuco gastaram, somente em despesas com serviços postais, R$
55.449,16 no primeiro semestre. Levando em consideração que o custo de
um telegrama de uma página, mais impostos, enviado da Câmara Federal, em
Brasília, é de R$ 6,64, o volume pago nessa rubrica daria para remeter
8.350 documentos no período.
Entre os pernambucanos, quem mais
utilizou o serviço foi Anderson Ferreira, com R$ 20.094,53; seguido de
Inocêncio Oliveira (PR), R$ 7.991,34; e Luciana Santos (PCdoB), com R$
3.584,05.
Fonte: Jornal do Commercio
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Potiguara
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