CAMARAGIBEEMFOCO

CAMARAGIBEEMFOCO
BLOG CAMARAGIBE EM FOCO

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

SEGURANÇA AGREDIDA

Segurança agredida por marido de delegada diz que vai entrar na Justiça


Atacada por Luiz Felipe Neder quando tentava defender a mulher dele, a segurança Edvânia vai exigir reparação, assim como o motorista Enioberto, também vítima do comerciante

Ainda se recuperando do trauma de ter sido 
agredidos pelo comerciante Luiz Felipe Neder
 Silva, de 34 anos, as vítimas do crime que
 chocou o país no último sábado, na cidade de
 Três Corações, no Sul de Minas, vão cobrar na
 Justiça punição contra o autor. A 
segurança Edvânia Nayara Ferreira Rezende, 
de 23, e o motorista Enioberto José de 
Jesus, de 30, pretendem exigir reparação de 
danos morais por terem sido vítimas ao tentar
 barrar Luiz Felipe no momento em que ele
 agredia sua companheira, a delegada Ana Paula 
Kich Gontijo. Tudo ocorreu durante uma festa 
em um clube da cidade. Edvânia frisou ontem,
 em entrevista ao Alterosa Alerta, que só 
apanhou por ter defendido Ana Paula, que é 
delegada de Mulheres na cidade e fugiu do 
local após as agressões. Luiz Felipe que até
 então havia sido detido em flagrante, 
permanece preso em regime preventivo.

O caso ganhou repercussão nacional após um
 vídeo feito no momento da confusão ir parar
 nas redes sociais. As imagens mostram 
Luiz Felipe dando um soco e chutando a cabeça
 de Edvânia, depois que ela pegou a chave 
do carro dele, jogada por Ana Paula, pela janela
 do veículo. A delegada que no vídeo aparece
 sendo empurrada pelo companheiro até o
 automóvel, pediu ajuda à segurança, que 
prontamente interveio na briga do casal. “Não 
sei como me levantei. Mas acho que Deus me
 ajudou. Agora vai ter que ajudar ele, porque 
a coisa para o lado dele está feia”, disse Edvânia
 ao Alterosa Alerta.

Ao reviver o triste momento em que tudo ocorreu, 
Enioberto ontem lamentou tanta violência. Ele 
teve dois dentes quebrados depois de levar um 
soco na boca. “Eu estava conversando com o
 Luiz Felipe, que estava visivelmente bêbado e 
alterado. Tentava acalmá-lo. Ele então fez um 
gesto sugerido que pegaria uma arma. Era 
um canivete. Continuei conversando com ele e foi
 então que ele me agrediu. Na hora eu fiquei muito 
nervoso, mas as pessoas o seguraram e me 
afastaram dele”, conta. O motorista, que diz estar
 envergonhado com a atitude de Luiz Felipe, cobrou
 uma ação mais enérgica da delegada. “É inadmissível
 que um homem bata em uma mulher. E a mulher 
dele, como delegada especializada nessa área, deveria
 ter dado voz de prisão para ele na hora. Mas ela fugiu.
 Até mesmo depois da ocorrência, a polícia não conseguia
 localizá-la”, disse a vítima, que espera punição justa ao
 comerciante. “Ele já tem histórico de violência, inclusive
 contra a delegada, e vai ter que pagar por isso”, ressaltou.


De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar,
 a delegada saiu do local antes da chegada dos
 policiais. No entanto, o boletim informa que ela entrou em 
contato com a PM cerca de uma hora depois confirmando 
ter sido agredida.

Questionada sobre as passagens policiais de Luiz Felipe,
 a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais 
disse que, por enquanto, não repassaria essa 
informação à imprensa. Explicou que foram abertos inquéritos:
 um para lesão corporal (contra Edvânia e Enioberto) e
 outro baseado na Lei Maria da Penha, para apurar as 
agressões contra a delegada, já que o caso sé 
de relação conjugal. Testemunhas e vítimas foram ouvidas
 e a investigação continua. Sobre o fato de Ana Paula ter 
deixado o local, a assessoria explicou que ela também era 
vítima na situação. Pessoas que presenciaram o crime, 
relataram que ela também estaria embriagada.

Ontem, o motorista se consultou com um advogado para
 saber quais providências tomar no caso. “Quero a reparação
 dos danos que tive em minha boca. Só quero é que é direito 
meu. Não quero prejudicá-lo. Mas espero que ele pague pelo
 comportamento que teve”, disse. Ele contou que tinha ido 
ao clube apenas para pagar a mensalidade, já que a família 
dele é sócia do lugar e frequenta o local. “Eu tentei intervir
 primeiro pela agressão contra as duas mulheres e também
 porque não queria ainda mais confusão no clube”, contou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário