Cadê os Lucros? Turismo e comércio sem lucro com Copa das Confederações
Amanda Claudino
Se uma das propostas da Copa das Confederações era movimentar o turismo
do País, o objetivo não foi alcançado, conforme pesquisa divulgada ontem
pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Cerca de 85% dos
torcedores que foram aos estádios brasileiros moravam no mesmo estado
onde estava sendo realizado o jogo. No Recife, uma das cidades-sede do
evento esportivo, o número salta para 92%, dos quais 64% eram da
Capital. Os dados revelam, ainda, que o baixo número de visitantes
impactou, diretamente, no desempenho do comércio.
Embora 83% dos comerciantes acreditassem no potencial do evento
esportivo, 68% dos consumidores afirmaram que não tinham intenção de
fazer compras nas cidades-sede. Diretor-executivo da Câmara de
Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife), Fred Leal confirma que o
torneio de futebol não provocou uma repercussão positiva no comércio.
“O mês de junho não foi bom para o comércio de forma geral, mas isso foi
ocasionado por uma série de fatores: manifestações, chuvas, São João e
feriados nos dias de jogos”, pontuou. Por aqui, somente 30% dos
consumidores afirmaram que iam comprar algum item na Copa das
Confederações e, deste total, 47% optaram por souvenir e lembrancinhas.
“O evento beneficia alguns setores específicos, como o de lojas de
esportes”, analisou Leal. O perfil dos torcedores nos estádios, no
entanto, coincidiu com esperado. A maior parte deles era formada por
homens (62%), das classes A e B (75%). A pesquisa aponta que 56% deste
grupo não se planejaram financeiramente para participar do evento. “Pelo
valor do ingresso, não era um programa barato. É um evento frequentado
por quem tem mais dinheiro e nos dá uma ideia do que pode vir a ser a
Copa do Mundo”, confirmou o gerente Financeiro do SPCBrasil, Flávio
Borges.
Por aqui, no entanto, a situação foi diferente. “Recife foi a cidade
onde os consumidores mais se organizaram para ir ao evento. Acreditamos
que isso tem a ver com a renda local, que é
mais baixa que a de Brasília,
onde as pessoas não se organizaram”, argumentou. De modo geral, a Copa
das Confederações recebeu nota sete. O item com a melhor avaliação foram
as arenas, com 88% de aprovação.
Nacionalmente, hospedagem (58%) e comércio em geral (57%) completam o
ranking. Mobilidade urbana, estacionamento, transporte público e saúde,
na contramão, foram os itens com piores avaliações. “A maior parte dos
consumidores avalia que o Brasil não está preparado, embora, de modo
geral, o evento tenha sido bem avaliado. As manifestações não estão
dissociadas da Copa”, destacou Borges.
tirado do blogcamaragibepe
Será que alguém pode dizer quem teve lucro, ou será que o lucro só vem em 2014.?
Potiguara
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