sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Vereador é preso suspeito de ficar com parte de salários de assessores
Após
denúncia de corrupção em Canoas, cidade que fica na região
metropolitana de Porto Alegre, um vereador foi preso e outros dois são
suspeitos de embolsar parte do salário dos assessores.
Os corredores da Câmara Municipal de
Canoas foram tomados por policiais e promotores que buscavam documentos
nos gabinetes de três vereadores: Francisco da Mensagem, do PSB, Doutor
Pompeo, do PTB, e Celso Jancke, do PP. Eles são suspeitos de ficar com
até metade dos salários dos assessores.
Os pagamentos foram comprovados através de quebra de sigilo bancário.
A Promotoria também descobriu que os
assessores eram coagidos a fazer dívidas para pagar os políticos de uma
vez só pelos quatros anos de trabalho. “O servidor comissionado era
obrigado a contrair um empréstimo, repassava à vista esse valor para o
vereador e ficava vinculado ao pagamento desse empréstimo durante todo o
mandato”, diz Flávio Duarte, promotor de Justiça.
Foi o que aconteceu com um ex-assessor.
Ele tinha um cargo com salário de R$ 10 mil e fez um empréstimo em folha
para pagar o vereador. Mas foi demitido e agora ficou com uma dívida no
banco de mais de R$ 50 mil. “Agora,
estou com esse empréstimo na minha conta e não sei como é que vou
pagar. Eu adquiri depressão, síndrome do pânico”, diz o ex-assessor.
Para o promotor, o que acontecia com os
funcionários nesses gabinetes pode ser comparado ao regime de
escravidão. Ele fica quase que vinculado durante todo mandato ao
vereador”, afirma Flávio Duarte.
Na noite desta segunda-feira também
foram presos o ex-chefe de gabinete do vereador Doutor Pompeu, Cleber da
Silva Britto, e Claudio Roberto Saldanha. Eles foram presos por porte
ilegal de armas e são suspeitos de recolher o dinheiro dos funcionários
para entregar aos parlamentares.
Potiguara
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