Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (1º)
mandados da oitava fase da Operação Zelotes em São
Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. A Operação investiga
organizações criminosas que atuavam na manipulação
do trâmite de processos e no resultado de julgamentos
no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
No total, são 21 mandados de busca e apreensão e 13 de
condução coercitiva nos três estados. Entre os alvos está
o Bank Boston, Itaú, escritórios de advocacia e de consultoria
contábeis. Dez ds 11 mandados de condução coercitiva já
foram cumpridos em São Paulo. O homem não localizado é
um advogado chamado Walcris Rosito, ele trabalhava no Bank
Boston e quando o Itaú comprou o banco, ele foi trabalhar no
Bank of America.
O Itaú informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a PF
fez diligência nas dependências do Itaú Unibanco na manhã desta
quinta. Segundo a instituição, o objeto da operação foi a busca de
documentos relativos a processos tributários do BankBoston.
"Esta manhã a Polícia Federal fez diligência nas dependências do
Itaú Unibanco. O objeto da operação foi a busca de documentos
relativos a processos tributários do BankBoston. O Itaú Unibanco
esclarece que em 2006 o Itaú adquiriu, do Bank of America, as
operações do BankBoston no Brasil. O contrato de aquisição não
abrangeu a transferência, para o Itaú, dos processos tributários do
BankBoston. Esses processos continuaram de inteira responsabilidade
do Bank of America. O Bank of America é, assim, o único responsável
pela condução desses processos. O Itaú não tem qualquer ingerência
em tal condução, inclusive no que se refere a eventual contratação
de escritórios ou consultores. O Itaú Unibanco permanece totalmente
à disposição das autoridades", diz nota.
O G1 também procurou o Bank of America e aguarda posicionamento.
Segundo a PF, por meio de sua assessoria de imprensa, esta nova etapa
da operação aponta a existência, entre os anos de 2006 e 2015, de
conluio entre um conselheiro do CARF e uma instituição financeira.
A PF identificou que houve sucesso na manipulação de processos
administrativos fiscais em ao menos três ocasiões. Os investigados poderão
responder, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção
ativa, corrupção passiva, advocacia administrativa tributária e lavagem
de dinheiro.
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