A assistência médica será reduzida em Camaragibe e não é pela
inexistência de médicos dispostos a trabalhar! Mal se passaram as
eleições e fomos desagradavelmente surpreendidos com a notícia de
demissão de uma grande parte dos profissionais do hospital municipal
Aristeu Chaves (Cemec Centro) e da Maternidade.
Consequentemente, houve uma drástica redução dos atendimentos médicos
nesses serviços: os plantões na clínica médica diurnos ficarão restritos
para atender apenas pacientes classificados como amarelos e vermelhos,
os noturnos fechados para atender apenas os vermelhos, os plantões da
pediatria estarão sempre fechados e só atenderão as crianças gravíssimas,
assim como a maternidade, que ficará fechada e só atenderá mulheres em
período expulsivo.
Aqueles que necessitarem, mas não se encaixarem nessas categorias terão que
se deslocar para outro município a fim de receber assistência médica.
Tal medida foi adotada de forma arbitrária e unilateral, sem o
mínimo de diálogo e transparência da atual gestão municipal sob o
argumento de que para equilibrar as contas do município seria necessário um
corte de cerca de 80% no quadro de prestadores de serviço em todos os
setores do município.
Somado a isso, há o temor de não pagamento dos salários relativos ao mês de
setembro diante de toda a instabilidade verificada. Em respeito à população,
que sempre é a mais prejudicada no final de tudo, externamos nossa
perplexidade e revolta diante de todo ocorrido.
Não compactuamos e jamais concordaremos com a forma antiética e
desumana com a qual a saúde tem sido conduzida.
Atenciosamente,
Corpo médico do hospital Aristeu Chaves
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