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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

MEIRA ACIONA POLÍCIA FEDERAL

MEIRA ACIONA A POLÍCIA FEDERAL PARA VERIFICAR O ROMBO DEIXADO PELO EX- PREFEITO JORGE ALEXANDRE



O ex-prefeito de Camaragibe Jorge Alexandre (PSDB), deixou
 um rombo tão grande na cidade que o Triângulo das Bermudas
 perde pra ele. O  novo prefeito de Camaragibe, Demóstenes
 Meira (PTB), como prometia fazer, suspendeu todos os serviços,
 contratos e licitações, assim como sustou todos os cheques
 assinados até o final de dezembro. Suspendeu também  o 
contrato com a empresa que recolhia o lixo da cidade, porque o
 seu valor, era acima de R$ 20 milhões e esse valor está muito
 acima da previsão orçamentária do ano para os serviços, que é de
 pouco mais de R$ 11 milhões.

Com isso, o lixo, acumulado em vários bairros, no centro e 
nos distritos, passou a ser recolhido por caçambas da Prefeitura
 e o mesmo não tem condições sequer de cobrir as despesas com
 combustíveis alegando que ficou de mãos atadas pelo 
ex-prefeito. “Tem dinheiro em caixa, algo em torno de R$ 9 milhões,
mas se eu usar corro risco de cometer crime, porque não temos a
 menor noção das suas rubricas”, afirmou.

O ex-prefeito Jorge Alexandre não repassou nenhuma informação
 sobre as finanças do município. Nem sequer compareceu a
 posse. “Os arquivos dos computadores foram deletados”, afirma, 
adiantando que está mergulhado num caos, mas tomando providências.
 Entre as medidas já tomadas pelo trabalhista, o pedido de uma 
auditoria ao Tribunal de Contas do Estado, uma queixa
 prestada à Delegacia Especializada de Investigação de Crimes
 Contra o Patrimônio Público e o pedido à Polícia Federal
 para investigar licitações supostamente fraudulentas com
 recursos federais, principalmente na área de saúde. 

Meira mandou vasculhar todos os contratos assinados pelo 
antecessor e chamou à polícia para filmar e documentar alguns 
setores da Prefeitura, como o departamento de licitações. Temendo
 o pior, o prefeito botou cadeado na sala de licitações tão logo a polícia
 deixou suas dependências.

Procuradores concursados da Prefeitura informaram ao blog 
do Magno martins que nenhum contrato ou licitação nos últimos 
quatro anos chegavam ao conhecimento da Procuradoria 
Jurídica do Município. “Todos os contratos e licitações foram
 feitos sem pareceres nossos”, disse um procurador, adiantando que
 não tem a menor noção do valor do gasto com contratos mediante 
licitações fraudulentas, porque nada chegava ao conhecimento
 da Procuradoria.

Há uma desconfiança de que esses valores possam ser superiores a
 R$ 120 milhões com base no orçamento do município de 2016.
 “Camaragibe teve um orçamento de R$ 280 milhões no ano passado.
 Deste valor, 60% devem ser comprometidos com pessoal e o 
restante com despesas contratuais, o que daria uma sobra de 
R$ 120 milhões”, afirmou o mesmo procurador. O prefeito desconfia
 que o ex-prefeito deixou de herança um rombo incalculável. 

Meira afirmou que vai abrir para a sociedade a caixa preta do ex-prefeito, 
que derrotou nas urnas. “Não tenho nada de pessoal contra Jorge 
Alexandre, mas como fui acusado por ele e adversários de ser 
despreparado, louco, pobre e incompetente não posso passar um atestado
 de burrice. A população vai tomar conhecimento da verdadeira
 herança maldita que recebi”, afirmou.

Meira informou que deve baixar um decreto de emergência para manter
 os serviços essenciais, protegendo à população do pior. Para isso, 
ele se reuniu, hoje, com assessores do Tribunal de Contas do Estado
 e sua assessoria jurídica. “Aqui é tudo transparente”, afirmou, adiantando
 que, a partir de agora, “está proibido roubar em Camaragibe”.

Para evitar qualquer tipo de desvio do dinheiro público, Meira informou
 que centralizou tudo em suas mãos, desde contratação de pessoal
 até contratos emergenciais que venham a ser assinados. Também 
determinou um levantamento dos servidores concursados que estejam 
cedidos a órgãos para fazer um verdadeiro pente fino na folha
 de pessoal. “Aqui, não vai ter mais servidor fantasma”, assinalou.

Para evitar qualquer tipo de comportamento indevido de auxiliares no
 trato com o dinheiro público, Meira disse que irá instalar câmaras em 
todas as secretarias e órgãos que manipulem dinheiro. “Quero ver
 tudo documentado pelas câmaras. Este é um governo
 onde o dinheiro será destinado a projetos que atendam ao
 povo e não a grupos”, afirmou.

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